Resenha do livro “Propaganda de A a Z”, como usar a propaganda para construir marcas e empresas de sucesso”, do Autor Rafael Sampaio. - 3º ed. Revista e atualizada. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2003 – 4º reimpressão. Editora Campus.
O livro “Propaganda de Aa Z” traz informações importantes através: do glossário, no qual permite que o leitor faça uma revisão dos conceitos apresentados no livro e detalhes que serão muito importantes no trabalho na propaganda, uma listagem das abordagens mais freqüentes da propaganda, as principais funções para se criar uma propaganda, como funciona uma agência e como é cada setor, a importância de estudar cada veículo de comunicação, casos das melhores propagandas da década de 80 e 90 e a lista das principais tendências para a primeira década do século XXI. E através dos apêndices de A a L, assuntos já abordados, mas com mais detalhes e subsídios.
Para começar a falar de como é feita a propaganda, de como é seu processo, é preciso enumerar e conceituar seus setores, que são: os anunciantes/ clientes, a agência, os fornecedores/ produtores, os veículos e por fim os consumidores.
Há vários tipos de clientes, mas o importante é saber que o bom cliente se distingue fundamentalmente por sua consciência e objetividade em relação à função da propaganda e seu grau de profissionalismo no trato da tarefa publicitária, ser um bom anunciante, resumi-se em estar disposto a ousar, arriscar, investir o necessário e deixar que as pessoas que cuidam da propaganda façam seu trabalho da melhor maneira, começando pela agência.
A maior função da agência é, sem dúvida, a criação das melhores alternativas de propaganda para cada problema de cada cliente. Os tipos de agências de propaganda são bem diversificadas. Existem desde empresas com poucos empregados e reduzidas instalações até grandes organizações multinacionais, presentes em muitos países, empregando milhares de pessoas e operando em enormes escritórios.
A estrutura básica de uma agência consiste em três principais etapas: atendimento/ planejamento (é o setor que presta assistência aos clientes, administrando as contas publicitárias dentro da agência), a criação (sua função é criar idéias para serem transformados em slogans, temas publicitários, anúncios para jornais e revistas, comerciais de rádio, televisão e cinema, cartazes e outras mensagens publicitárias) e a mídia (seu trabalho geralmente começa ainda na fase de planejamento, quando ajuda nas principais decisões relativas aos meios de comunicação a serem empregados a aos formatos de mensagens a serem utilizados), isso para uma estrutura mínima de uma agência. Há casos de house-agency que é uma agência que pertence a uma empresa anunciante, mas na maioria das houses são mal estruturadas, e o resultado do trabalho final costuma ser mediano.
As principais tarefas das produtoras conceituam-se em organizações que têm maior influência no processo de produção e acabam contribuindo muito com seu talento criativo e artístico para o resultado final da obra publicitária, como é o caso do som, dos filmes e dos videoteipes, já dos fornecedores conceituam-se que têm sua ação mais limitada à execução física do que foi criado e desenvolvido anteriormente, como é o caso da preparação de um fotolito para uma revista ou da impressão de um folheto. A importância de passar pelo processo das produtoras e fornecedores é muito grande, pois é um mundo de etapas, profissionais, e disciplinas que são abordadas, sem esse processo final a propaganda em geral não é nada.
A propaganda tem o objetivo de fixar o produto na mente do consumidor, através de imagens, conceito e reputação, pelos veículos de comunicação, sendo eles: a tv, o rádio, revistas, jornais, etc. A propaganda tem força para influenciar os consumidores, mas é preciso saber usá-la adequadamente, informando, argumentando, comparando. Tanto de forma lógica e racional como subjetiva e emocional.
Usam-se adjetivações para diferenciar os diversos tipos de propaganda, contudo, é sobre a propaganda comercial que o livro “Propaganda de A a Z” se refere. Pode-se dividir a propaganda em dois grupos: a propaganda com objetivos promocionais e propagandas institucionais, assim, a propaganda adquire importância fundamental no processo econômico.
Os principais veículos, os mais usados pela propaganda podem ser divididos em dois grandes grupos: a mídia eletrônica (tv, rádio e cinema) e a mídia posições (revistas, listas e guias, jornais e mala direta).
O impacto da tv aberta como veículo de comunicação é inquestionável, sendo o mais consumido pela população entre todas as mídias. Já trabalhando com o som e a capacidade de imaginação de seus ouvintes, a propaganda em rádio é muito eficiente, inclusive, porque essa mídia permite a obtenção de altas freqüências de veiculação, pelo seu baixo custo absoluto. O cinema é o meio menos utilizado pela propaganda, tem pouca cobertura junto à população em geral, e tem seu uso limitado pela legislação ao início de cada sessão.
Basicamente, a revista é uma mídia nacional, devido à característica de circulação da maioria dos títulos existentes. Revistas regionais e locais, no entanto, existem boas opções de mídia nesse sentido. Para a propaganda mais organizada e elaborada, o jornal representa uma excelente mídia de caráter local e regional, oferece grande agilidade para sua utilização, alto impacto entre as classes mais elevadas e alta credibilidade para os anúncios. Propaganda ao ar livre em geral, que nos últimos anos foi rebatizada como mídia exterior, pode-se dizer que são os nomes técnicos: o back lights (colocada em abrigos de pontos de ônibus, placas de rua, placas indicativas em geral, banheiros públicos e toda sorte de equipamento que possa ser útil à população), painéis eletrônicos (do gênero rainbow) e o outdoor.
Quanto ao Outdoor, ele é a mais utilizada das alternativas de mídia exterior para esforços publicitários organizados e coordenados, uma vez que as demais são fixas, unitárias e pouco ágeis. Ele é, depois da televisão, a mídia que atinge mais rapidamente a massa da população. Além dessas mídias principais, a propaganda faz uso, com certa constância, de diversas outras mídias para objetivos específicos ou como apoio às mídias básicas.
O importante para escolher o melhor veículo a ser usado é, ter em mente que cada meio de comunicação e, dentro dele, cada veículo, é único, tem uma audiência própria e serve para uma finalidade específica de mídia. Através de alguns casos de propaganda dos anos 80 e 90 pode-se analisar que, a importância da manutenção de campanhas ao longo do tempo é necessário. E saber apostar em suas marcas e estratégias é fundamental.
A marca “Valisère” apostou na sensualidade e na sagacidade, com comerciais feitos de caráter institucional, promovido com a emoção. Já “Caninha 51” conseguiu transformar o número 51 em sinônimo de boa idéia. Para conquistar esse sucesso não foi de imediato, e sim a confiança e perseverança por alguns anos, logo a estratégia de investir no mesmo tema de forma contínua, garantiu o sucesso final. A famosa marca “Brastemp” que iniciado em 1991 o conceito “Não tem comparação” e usando o bordão “Não é assim nenhuma Brastemp” e que esta sendo utilizado ao longo de toda a década, veio como uma estratégia principal de colocar dúvidas aos consumidores que optassem por outras marcas, em questão de que a Brastemp é líder em qualidade, mesmo tendo um preço Premium, vale a pena pagar o seu valor.
Para finalizar, a marca que mais fez sucesso, a “Bombril”, usa a empatia do garoto-propaganda (Carlos Moreno) para conquistar os consumidores dos seus respectivos produtos. Mas com o passar do tempo algumas tentativas de deslocar o personagem para uma postura mais racional e ligada ao uso direto do produto resultaram em um verdadeiro atentado contra a linha da campanha. E para provar que tudo é possível, mesmo com esse “desastre” a “Bombril” conseguiu desempenhar seu sucesso. Depois de umas mudanças na empresa o personagem foi resgatado com toda força e seguindo sua linha original.
A propaganda é ferramenta-chave na construção e manutenção de marcas de forte personalidade e grande valor. As marcas valem, em muitos casos, mais que o produto ou o serviço em si e já são, na maioria parte das vezes, o ativo mais valioso das empresas. O poder das marcas, que já é grande, tende a aumentar cada dia mais.
O livro “propaganda de Aa Z” é um livro feito com todos os dados que um estudante de publicidade precisa saber para solucionar as questões que surgem durante o curso e para quem tem interesse na propaganda, de como funciona todo o processo para se obter o determinado sucesso, em sua marca ou produto.“Propaganda de Aa Z”, resumi-se em conceitos necessários para um profissional da propaganda não cometer erros inadmissíveis em uma empresa, e relembrar tudo o que foi estudado em seu curso, de forma clara e objetiva. Assim ajudando-o a solucionar as dúvidas que surgem durante o seu percurso na profissão.
O autor Rafael Sampaio, publicitário e jornalista, é vice-presidente executivo da ABA, fundador e editor de About (uma das principais publicações especializadas em propaganda do Brasil); membro do conselho do CENP; e fundador e presidente de cinco premiações de destaque do setor: Voto Popular; Prêmio Cliente; Festival Brasileiro de Promoção, Embalagem e Design, Prêmio Produção; e Prêmio About de comunicação Integrada e Dirigida. Não só autor do livro “Propaganda de A a Z”, mas também dos livros: “Marcas de A a Z”, “Planejamento de Marketing” com Marcos Felipe Magalhães. Considerado o melhor jornalista brasileiro especializado em comunicação de marketing, Rafael Sampaio também faz regularmente palestras em eventos publicitários, de marketing e de branding no Brasil e exterior.
Sabrina Emilia Petry de Matos “Acadêmica do curso de Comunicação Social” da instituição Plínio Leite.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
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3 comentários:
Sabrina, excelente resumo do livro. Vc conseguiu sintetizar bem o conteúdo e ao mesmo tempo dar uma visão detalhada. Parabéns!
Beijos
Parabéns pelo resumo, mas indico alguns erros muito cometidos até mesmo por profissionais da área sendo ele confundir MEIO de Comunicação com VEÍCULOS.
Sendo Meios de Comunicação TV, Revista, Jornal, Internet, ETC. já os veículos são as empresas detentoras da consessão sendo rede globo, revista Veja, Jornal folha de S paulo, portal uol entre outros.
Obrigado
Claudemir Alves
Tá até qual capitulo do livro??
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