sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Resenha do livro "Propaganda - teoria, técnica e prática" do Armando Sant'anna,editora Thomson Learning, 2007 - Aluno: Francis Vieira

A comunicação de massa é dirigida para uma audiência relativamente grande, heterogênea e anônima. Pode ser caracterizada como pública, rápida e

transitória.

Publicidade significa o ato de tornar público um fato (ou idéia). Meio de tornar conhecido um produto, serviço ou firma. Seu objetivo é despertar, na massa

consumidora, o desejo pela coisa anunciada, ou criar prestígio ao anunciante. Faz isso abertamente, e sob pagamento. É, sobretudo, um grande meio de

comunicação com a massa. Seu discurso deve ser ajustado ao tipo médio que constutui o grupo consumidor visado pelo anunciante. Enquanto o vendedor

pensa e age em termos de indivíduo, o publicitário trabalha em termos de massa. Sua finalidade é a de fornecer informações, desenvolver atitudes e

provocar ações benéficas aos anunciantes, geralmente para vender produtos ou serviços.

Já a Propaganda sugere a idéia de implantar, incutir uma crença na mente alheia.

Não é apenas a publicidade e a propaganda as responsáveis pela venda de um produto. Elas ajudam, motivam, estimulam a venda. Mas sem os demais

fatores ( qualidade do artigo, apresentação atraente, facilidade de distribuição, condições de preço etc.) seria insensato imaginar que só com a mensagem

publicitária se alcansasse os objetivos desejados pelo anunciante.

Anúncio: mais importante formato da publicidade. Baseia-se no conhecimento da ação humana, de suas reações, instintos, sentimentos; do saber captar a

atenção do público, a fim de criar uma peça que realmente os compreende e os interesse.

O público deve: 1 - conhecer o produto ; 2 - compreender sua utilidade, bem como reconhecer sua marca e embalagem ; 3 - Movido pela razão ou emoção,

estar convicto de sua utilidade própria ; 4 - agir à compra do produto.

Algumas definições:

A) Imaginação: representação de uma percepção anterior. Conceitos ou preconceitos intelectuais ou emotivos presentes na mentalidade do público, em

torno de um serviço, produto ou empresa.

B) Necessidade: ruptura do equilíbrio do organismo.

C) Desejo: expresssão consciente da necessidade.



Para um anúncio provocar uma reação, é preciso que se faça um apelo a uma necessidade (despertando com isso um desejo) ou excite um desejo já

manifesto no consciente, e salientar a capacidade do objeto em satisfazê-lo, demonstrando que ele excede, e bem, o sacrifício da compra.

Compramos,de fato, aquilo que nos agrada, e não o que é útil. Não compramos o que precisamos,mas o que desejamos. Os produtos valem, não por suas

qualidades intrínsecas, mas pelo prestígio ou satisfação que conferem.

O anúncio com maior efeito é aquele que contém a idéia central mais forte e a expressa de maneira simples, concisa e clara.

A campanha deve obedecer a um tema, pois assim a mensagem fica limitada,concentrada. O tema pode ser apresentado de forma direta ou indireta. Na

forma direta, o argumento é claro,sem rodeios. Já na indireta, apela-se às emoções do consumidor, desperta-se sua curiosidade para algo que possui

relação com o produto.

Na redação publicitária, o título fixa atenção, desperta o interesse e induz à leitura do texto, rapidamente. Ele se completa com as ilustrações.

O tema direto e a forma racional são mais aconselhados se o produto é de uso corrente, e é uma necessidade imprescindível do consumidor,ou se tem em si

fortes argumentos de venda, diretos e objetivos. É preferível utlizar o tema indireto com o texto emotivo se é mercadoria em que o estilo,a moda, o prestígio

(ex: perfumes, jóias) criam o desejo pelo produto.

Slogan: idéia sobre o produto,o serviço ou firma,com força de venda. Deve ser curto, eufônico, objetivo, simples, original e claro.

Approach: melhor forma de abordagem ou sedução para persuardir consumidor.

Layout: modo como dispomos o texto e as imagens na página. Serve para atrair e guiar a visão do leitor de forma adequada.

Revistas: mais seletivas que os jornais, normalmente com circulação nacional; permite melhor reprodução de anúncios, textos mais longos (target dispõe de

mais tempo). Anúncios mais interessantes em revistas:os de página dupla e com 4 cores

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Resenha do livro: “Planejamento e Atendimento, A Arte do Guerreiro”.

Trata-se de um livro prático, logo, minha resenha não pode ser diferente. Então, sintetizando o pensamento do autor, planejamento nada mais é que traçar objetivos de propaganda e trabalhar para que eles sejam realizados e atendimento é administrar a conta do cliente.
Geralmente atendimento e planejamento fazem parte do mesmo departamento. Contudo, algumas agências mantêm um departamento separado para o planejamento, mas segundo Flávio Ferrari essa estrutura não é eficiente.
Para desenvolvermos um bom planejamento é recomendável seguir quatro unidades de ação: Determinar objetivos, estabelecer estratégias, controlar a execução e avaliar os resultados.
Determinar objetivos: Essa é a principal função do profissional. É importante que o objetivo seja claro, para que não haja margem para dúvidas por parte dos clientes e/ou colegas de trabalho. Com o objetivo explícito fica mais fácil de avaliarmos os resultados.
Estabelecer estratégias: Levanta informações sobre o target e mercados. Cria uma estratégia de comunicação, estratégia de copy e transmite à mídia informações necessárias para elaboração do plano de mídia.
Controla a execução: Acompanha todo processo para que se concretize o que estava no papel e efetua correções no plano de ação, se necessário.
Avaliar os resultados: Certifica-se se o objetivo traçado foi atingido. É através da avaliação que verificamos a eficiência e eficácia do plano de ação.
Ao final desta obra possui anexos com exemplos práticos de planejamento que ilustram com clareza tudo o que Foi lido.

sábado, 20 de setembro de 2008

RESENHA DO LIVRO “DIREÇÃO DE ARTE EM PROPAGANDA” DE NEWTON CESAR.

CESAR, Newton. Direção de arte em propaganda. 9ª Edição. Distrito Federal: Ed. Senac, 2008.

Newton Cesar é autor de livros de ficção, negócios e publicitário exercendo a função de vice-presidente e diretor de criação da W/Brasil. Expõe em seu livro de maneira objetiva o dia-a-dia de um diretor de arte e criação, o processo que passa da criação a execução.
Newton Cesar dividiu o livro em tópicos, funcionando com pequenas aulas onde o leitor não precisa respeitar a numeração ou os tópicos para entender o conteúdo, genial. É objetivo e prático, de fácil leitura o autor proporciona ao leitor a iniciação no meio publicitário, a visão do diretor de arte e criação e todas as cajas de um profissional com vários ano de mercado.
César começa o livro abrindo o jogo sobre o cronograma do dia-a-dia de um diretor de arte. Do glamour ao longo caminho de pedras, realidade das agências e do diretor de arte e a cada capítulo ressalta a importância da simplicidade, idéias muito rebuscadas são caras, que muitas das vezes o cliente recusa e também são mais difíceis de executar. A importância de ser simples e ao mesmo tempo prático e objetivo é o ponto forte levantado pelo autor. A importância das duplas na criação, método utilizado por Washington Olivetto na W/Brasil, pois funciona praticamente como um casamento um pensa o outro fala e o todo o processo criativo, que muitas das vezes não é reconhecido pelo cliente, não aprovando de imediato a peça publicitária criada arduamente pela criação.
Ao longo do livro os tópicos seguem como almanaques de ajuda e compartilhamento de experiências de um grande profissional da área. A visão do diretor de arte para a criação de mídia impressa, anúncios e cartazes. Os grandes formatos, a criação de outdoor, backlights, frontlights, mobilhário urbano, banners e fachadas.
Ressalta a importância do ponto de venda para as vendas, o marketing direto. Devido à globalização, a importância das mídias eletrônicas, o marketing viral, o e-mail marketing, elementos gráficos e o texto na web são tratados de maneira muito objetiva.
O paralelo entre o design e o diretor de arte também é mencionado por cesar, a importância do layout, diagramação, organização, equilíbrio e contraste. Para uma boa tipologia. A direção de arte e o Photoshop, processos e papéis de impressão.
Newton Cesar finaliza o livro com uma saideira uma pequena história sobre o Hernesto e dá uma dica brilhante para quem quer seguir o caminho de diretor de arte.

LEONARDO MOREIRA.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Resenha do livro " A evolução do texto publicitário" por Sabrina Petry.

Resenha do livro “A evolução do texto publicitário”, A associação e palavras como elemento de sedução na publicidade. 5º edição, Editora Futura, Autor João Anzanello Carrascoza.
O livro se resume em coordenadas de como são construídos os anúncios, slogans e textos publicitários de produtos/ serviços ao longo dos anos 50, 60, 70, 80 e 90. A cada década uma técnica e evoluções, tanto para a formação dos textos publicitários, quanto para os meios e veículos de comunicação usados.
São relatados conceitos de anúncio como: peça publicitária veiculada pela imprensa escrita, título, texto e slogan. Do texto publicitário como: fonte de elementos amplificados da força argumentativa do discurso, e outros meios utilizados.
Para persuadir, o texto publicitário contemporâneo respeita algumas normas. A partir dos anos 60 que a mensagem verbal da propaganda impressa brasileira segue esse padrão, o esquema Aristotélico, no qual Aristóteles afirma que para ser coerente o discurso deve ter quatro etapas básicas: exórdio, narração, provas, peroração (normas).
O texto publicitário deve tratar de um único assunto que, em geral, é introduzido no texto (exórdio). O tema, no caso, é dado no exórdio do discurso, no título, e, portanto, deve acabar nele. Como uma “estrutura circular”, uma outra forma de esquematizar um discurso. A idéia final deve retomar a idéia inicial.
Utilizam-se funções da linguagem no texto publicitário, sendo elas: referencial, emotiva, conativa, fática, metalingüística, poética. Numa única mensagem podem coexistir todas as funções no texto publicitário, é natural que prevaleça a função conativa, centrada no interlocutor. Os eufemismos, figuras de pensamento que atenuam alguns conteúdos, e outras figuras retóricas são extremamente utilizados pela propaganda com a finalidade de persuadir.
Em alguns casos, cria-se um “inimigo” para o determinado produto, ou seja, usar o produto para combater o seu inimigo. Também são determinantes no discurso persuasivo a afirmação e repetição. A propaganda não pode dar margem de dúvidas.
O texto publicitário veio explorar, na década de 90, mais um recurso na elaboração de seu sistema persuasivo. E para isso, é importante uma rápida parada no território dos signos. Com base na conceituação de Saussure (teórico suíço) o signo lingüístico é definido como a união de uma imagem acústica (significante) a um conceito (significado) por meio de um laço arbitrário.
Não há exagero em dizer que parte significante do texto publicitário contemporâneo no Brasil é construído por meio de relações associativas, sobretudo aquelas por analogia dos significados. Há palavras que orbitam outras palavras ao seu redor, que fazem parte de seu universo semântico. A transposição dessas palavras do plano mental para o plano discursivo resulta num método construtivo.
As figuras de linguagem e demais elementos expressivos da língua estão presentes em toda a literatura brasileira, desde a carta de Pero Vaz de Caminha, do soneto “Vila Rica” de Olavo Bilac (construído com associações semânticas), Machado de Assis (utilizando a técnica de “palavra-puxa-palavra”, numa instância memorável de seu Dom Casmuro), Carlos Drummond de Andrade radicalizando o uso de associações semânticas, criando no poema “eu, etiqueta” duas redes interligadas, entre outros.
Não só nos poemas e prosas que contêm rede semântica, e também está presente em muitas letras das músicas brasileiras de autores como: Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Arnaldo Antunes.
Ao longo de todo o século XX a presença de escritores contribuindo com a “feitura da nossa propaganda” foi mencionada.
É a partir dos anos 60 que é fundada a ABA (associação Brasileira de Anunciantes), é nessa década que a linguagem da propaganda brasileira impressa atinge seu status de arma persuasiva, influenciada por publicitários americanos que vieram adotar novos procedimentos retóricos na propaganda, ao mesmo tempo em que, se elaboram as técnicas de marketing, a palavra mágica naquele momento. Nos anos 70 aos 80 com a passagem do regime militar, são utilizadas propagandas para veicular campanhas que marcam toda uma geração. É nessa época que as agências estrangeiras começam a ter fortes concorrentes nacionais. Surgem e se expandem às emissoras de rádios FM e os jornais entram na era das grandes tiragens. É criado o CONAR – Código Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. Nos anos 80 continua o uso do esquema Aristotélico, a peroração retoma o exórdio (estrutura circular).
Nos anos 90 é que aparece um rol volumoso de novidades no mundo da comunicação de massa. Cresce a concorrência entre as redes de televisão, surge a tv a cabo, um novo espaço para a veiculação de comerciais e patrocínios, e a Internet, que abre um universo extraordinário para a publicidade. Os anúncios interativos que pode ser agregado ao equipamento de sedução de um anúncio foi um dos recursos publicitários que veio se expandindo paulatinamente nos anos 90, já que o custo de um anúncio nesses moldes quase sempre é acima do normal.
No entanto, o texto publicitário nada mais é uma forma elaborada para persuadir o leitor, que deve ser manuseado por pessoas que tenham o estudo e dados para ser construído da melhor forma e passado com a finalidade do objetivo conquistado.
Este livro é recomendado para publicitários, jornalistas, alunos acadêmicos e demais profissionais da área de comunicação.
João Anzanello Carrascoza, autor do livro “A evolução do texto publicitário”, é professor da Escola de Comunicação e Artes da USP, tendo antes lecionado na Escola Superior de Propaganda e Marketing e Faculdade Casper líbero. Publicou também pela Editora Futura os livros Redação Publicitária, Razão e Sensibilidade no texto publicitário, e escreveu dezenas de artigos e ensaios para as revistas Propaganda, Imprensa, Mídia e os jornais Propaganda e Marketing e o Estado de S. Paulo. Atua como redator em agências de propaganda, nas quais criou campanhas para Coca-cola, Nestlé, Citibank, entre outros anunciantes. É autor de várias obras para o público adulto e jovem e recebeu alguns dos mais importantes prêmios de literatura no Brasil, além do internacional Guimarães Rosa-Radio France.
Sabrina Emilia Petry de Matos acadêmica do Curso de Comunicação Social da Universidade Plínio Leite (UNIPLI), Niterói.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A Publicidade é um Cadáver que nos Sorri por Roberta Ramalho

Resenha do livro “A Publicidade é um cadáver que nos sorri de Oliviero Toscani.
TOSCANI, Oliviero. A publicidade é um cadáver que nos sorri; Tradução de Luiz Cavalcanti de M. Guerra – Rio de Janeiro: Ediouro, 1996

Nessa obra Toscani nos apresenta sua trajetória no mercado publicitário e explicita seu ponto de vista sobre o que é e qual a função da publicidade.

Ao descrever o momento vivido pela publicidade, seus conceitos, sua metodologia, seus formatos, Oliviero deixa claro seu descontentamento e por tanto sua inevitável decisão de andar na contramão do óbvio.

Toscani defende a idéia de que a publicidade não precisa apenas vender produtos de maneira repetitiva, simplória, pouco criativa e descompromissada com a realidade do mundo, para ele a publicidade deve manter uma relação estreita com as questões sociais, principalmente com os problemas pela sociedade enfrentados.

A campanha "United Colors of Benetton" desenvolvida por ele e detalhada no livro é a marca mais forte da responsabilidade social, trabalhada de maneira artística e buscando a consciência coletiva, de sua trajetória.

É através da construção dessa campanha e das reações inflamadas e em sua maioria hostis por ela geradas que Oliviero Toscani critica a mesmice engessada das campanhas publicitárias desenvolvidas, segundo o próprio, por “imbecis” que vivem trancados em no ar condicionado de suas agências apenas na intenção de hipnotizar o consumidor e aumentar o número de vendas das empresas para as quais trabalham.

Toscani é filho de pai fotógrafo, formado pela escola de fotografia de Zurique, trabalhou em revistas como Elle, Vogue, GQ, entre outras, possui mais de três livros de sua autoria, incluindo a biografia “Ciao Mamma”, de 1995. Recebeu prêmios por suas campanhas, entre eles Cannes e Unesco.

Roberta Ramalho - Comunicação Social - UNIPLI.

Resenha da obra “A evolução do texto publicitário” - Autor João Anzanello Carrascoza – Editora Futura Por Carolina Kümmerle

“A evolução do texto publicitário” trás um dos elementos-chave para o sucesso da publicidade: o texto publicitário. Esta obra apresenta os recursos estilísticos que fundamentam a redação publicitária através de análises de anúncios da mídia impressa brasileira, apresentando teorias que conferem ao texto publicitário em seu caráter persuasivo. A obra de Anzanello cita a reconstrução da história da publicidade no Brasil através de exemplos extraídos de anúncios publicados ao longo de quase duzentos anos. Dessa forma fazendo-nos conhecer como a literatura passou a estar presente no texto publicitário e de como a publicidade nos anos 60, passou a exercer sua influência na comunicação. Com isso os jornais passam a ser além de informativos, persuasivos, a poesia explode como apelo de compra e o novo estilo publicitário chega a música e até mesmo ao novo romance brasileiro a partir do final dos anos 80. O conteúdo então é dividido em tópicos e entre eles encontramos a publicidade como texto deliberativo, a escolha lexical, as figuras de linguagem, a função conotativa, rede semântica, entre outros.

Ao iniciar a obra, nos deparamos com breve argumentação sobre a questão do discurso: convencer e persuadir. Dessa questão é tirada uma simples explicação que dará continuidade ao estudo de “A evolução do texto publicitário”. Então, convencer é dirigido ao raciocínio lógico, é um esforço direcionado a mente. Ao contrário, persuadir tem caratér mais ideológico, seu objetivo não é apenas informar, mas informar e persuadir. Essa questão é levantada porque a publicidade é um exemplo notável do discurso persuasivo e é a partir disso que é analisado as tramas desse texto.
Na publicidade o discurso deliberativo, delibera aconselhando ou desaconselhando para uma ação futura e acusa ou defende sobre fatos passados levando em conta o estado atual das coisas. Então o genêro deliberativo torna-se dominante no texto publicitário e ao decorrer do livro o autor exemplifica fatos que comprovam sua análise, utilizando por exemplo o esquema aristotélico (exórdio, narração, provas e peroração).
A construção de uma mensagem persuasiva então deve ter escolha lexical, pois é uma cuidadosa pesquisa de palavras que deve optar pela atitude ideológica e pelo poder de escolha, o que é essencial para o aparato da persuasão da propaganda impressa. Diferente do texto publicitário, que é formado por palavras simples e ao mesmo tempo pertinentes ao esforço de seduzir o público.
As figuras de linguagem são usadas para ampliar expressividade da mensagem e por isso foram levadas para o discurso fechado e persuasivo. Essa figura, as figuras de sintaxe e outras figuras lingüísticas são muito comuns na publicidade. Assim como a função conotativa (referencial, emotiva, conotativa, fática, metalingüística), que é associada a uma mensagem, podendo ela se desempenhar em conjunto ou individualmente.
O livro a partir dessa análise determina importantes pontos para um bom texto publicitário. Com as regras citadas, exploradas e esclarecidas é possível entrar no contexto da obra e torná-la como uma ótima pesquisa sobre a lingüística da propaganda. É com a rede semântica que Anzanello Carrascoza inicia sua análise perante aos anúncios demostrados no livro, pois esse além de mais um recurso da língua, é um trunfo necessário ao território dos signos que são citados em base as teorias de Saussure e Ferdinand.
Ao longo desta obra, o autor analisa junto as técnicas citadas, a evolução dos textos, dos destaques, da escrita, das ilustrações, dos argumentos e das conquistas publicitárias alcançadas ao londo do tempo. Contudo, o autor finaliza sua obra com breve comentário sobre a tendência sem proposição verbal, em que as figuras estejam relacionados aos códigos visuais. “Seja como for, o texto como usina de persuasão certamente não será abandonado”, diz Carrascoza.

Este livro é uma obra indispensável na leitura dos profissionias e estudantes de publicidade e propaganda. Por isso, leiam e desfrutem do conhecimento deste grande autor que dedicou um pouco de sua sabedoria, em páginas de puro saber.

João Anzanello Carrascoza é professor da Escola de Comunicação e Artes da USP, tendo antes lecionado na Escola Superior de Propaganda e Marketing e Faculdade Casper Líbero. Publicou também o livro Redação Publicitária e escreveu dezenas de artigos e ensaios para revistas de Propaganda, Imprensa, Mídia e os jornais Propaganda & Marketing e O Estado de S. Paulo. Atua como redator em agências de propaganda, nas quais criou campanhas para Coca-Cola, Nestlé, Citibank, entre outros anunciantes.

Resenha por Carolina Kümmerle.
Acadêmico do Curso de Comunicação Social da Universidade Plínio Leite (UNIPLI), Niterói.
Docente: Maria Rita Braz.

Resenha do livro "Criação sem pistolão" de Carlos Domingos Por Justine Berçani

DOMINGOS, Carlos. Criação sem pistolão: segredos para você se tornar um criativo de sucesso; Rio de Janeiro: Elsevior, 2003.

Assim como os meninos desejam ser jogadores de futebol quando crescerem, a maioria dos estudantes de publicidade quer ser um criativo quando se formar. Concorrida, a carreira começa no primeiro estágio, nos quais muitos tentarão garantir seu primeiro emprego.
No livro, Carlos Domingos fala da publicidade como uma profissão dependente do amor e dedicação de quem a exerce. Dentre os diversos capítulos é possível conhecer um pouco dos grandes nomes que marcaram a área e até mesmo a história da publicidade.

Voltado para os publicitários que pretendem seguir carreira em criação, o livro contém muitas dicas do que fazer (ou não) para destacar-se no mercado, além de como conseguir, manter sair da agência. Acima de tudo o autor reafirma o óbvio que é necessário conquistar público, mas sempre com muita criatividade e conteúdo.
Se o problema é talento, Domingos encerra essa questão reafirmando que perfil, e é claro, compromisso são fundamentais. Realista, “Criação sem pistolão” também fala das brigas internas e polêmicas da área, como anúncio fantasma. Escrito num formato “livro de cabeceira”, suas 230 páginas tornam-se um manual para qualquer um que se interesse por criação e goste de uma boa leitura.
Cômico e esclarecedor, “Criação sem pistolão” trata a carreira de publicitário criativo de uma forma simples, direta e honesta: corra atrás para ser alguém! Imagine quantos estagiários não recorrem a este livro fazendo dele um guia prático de entrada e sobrevivência no mercado. Repleto de análises e dicas, o texto se mantém interessante da primeira a última página e, é difícil não lê-lo de uma só vez.
Bem, em momento algum o autor esconde que dedicou cada capítulo ao estudante de publicidade, talvez ao profissional da área também, mas especialmente ao estudante. Domingos traz consigo um texto de leitura simples, sem eufemismos ou linguagem formal, ou seja, é acessível a todos que se propuserem a escutar seu discurso.
Nascido em São José dos Campos, o paulista Carlos Domingos, 33, é um dos publicitários brasileiros mais bem-sucedidos. Formado em Marketing na ESPM, passou por grandes agências como a W/Brasil e a DM9DDB. Após conquistar Vários Leões em Cannes e prêmios Abril de Publicidade, Domingos fundou em 1999 a age., juntamente com seus sócios Tomás Lorente e Ana Lúcia Serra. Além de se dedicar a agência, o publicitário escreve para o jornal “Valor econômico” desde 2001.


Justine Berçani

Acadêmica do Curso de Comunicação Social do Centro Universitário Plínio Leite (Unipli)

 

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