Criação sem pistolão apresenta as “técnicas e ferramentas” usadas para quem quer entrar e para quem não quer sair do competitivo mercado publicitário brasileiro. A princípio ele cita a chegada da publicidade no Brasil e ao decorrer dos tópicos apresenta questões relacionadas diretamente a carreira do publicitário. Com ampla visão no assunto, o autor explica o perfil necessário para se trabalhar em criação e montar o portfólio. E diz também como agir para se conseguir estágio, firmar-se nele e crescer dentro da agência. O Livro é estruturado em tópicos e entre eles econtramos importantes polêmicas geradas na profissão, além de anúncios, meios de divulgação e prêmios. Neste livro encontramos a matéria-prima da publicidade distribuida em 143 páginas de vida e propaganda.
Com a Revolução industrial, os produtos deixaram de ser novidade e foram surgindo diversos concorrentes no mercado. A propaganda criativa surge então pra ganhar a preferência do consumidor, diferenciar os produtos e construir a imagem das marcas. Bill Bernbach é o grande criador da tão criativa propaganda. Ele quem fez da criação que conhecemos hoje, o ingênuo tornar-se provocativo e o sério torna-se irreverente. No Brasil, a agência DPZ (considerada a mais criativa do país), elevou o padrão de qualidade sendo considerada até hoje a escola dos diretores de arte do Brasil com as campanhas Garoto Bombril e A Morte do Orelhão.
Contudo, publicidade não é arte nem ciência. É uma técnica e pode ser aprendida. Por isso é importante estar bem informado, ser curioso e ser sociável. O portfólio é maneira de expor as idéias e para fazê-lo há a dica do “método da revista Veja” como exemplo no livro. Através dele fica mais fácil fazer a pasta, que deve ser surpreendente e criativa.
Para se chegar a uma boa idéia, Carlos Domingos dá a dica: saiba ler e reduzir um briefing, fique angustiado ao se deparar com o papel em branco, assim chegará a uma ótima idéia. Ser interessado, produzir em escala industrial, trabalhar muito e surpreender o diretor de arte fará com que conquiste seu espaço. Descubra então quais as horas do dia você funciona melhor, descobrir isso ajudará a reservar a melhor parte do tempo para criar.
Criando nos deparamos com várias polêmicas existentes na profissão. Domingos explica que com a explosão da propaganda visual, os anúncios com texto passaram a ser desprezados. Começaram a dizer que propaganda moderna é a visual. No entanto, não existe anúncio moderno ou velho, existe o que funciona e o que não funciona. Portanto sendo com textos ou imagens, as dificulades de se fazer um filme (comercial), a imaginação que trás o spot e o entendimento direto que deve passar o outdoor, é o momento em que se deve saber quem será o ator principal e quem será o coadjuvante em uma campanha.
O objetivo do livro é dar informação básica sobre essa atividade. Por isso desconfie sempre que falarem em “regras publicitárias”, afinal a publicidade existe para se quebrar as regras. É hora de fechar os livros e olhar para dentro de si mesmo sem ter medo de ser ridículo. Crie, esqueça fórmulas, chegou a hora de contestar, de ousar e desobedecer. Quebre as regras, finaliza Carlos Domingos.
O livro Criação sem pistolão trás os conhecimentos de Carlos Domingos acumulados ao longo dos anos de trabalho. Nele, Carlos conta sobre seu desempenho em importantes agências do país até chegar a sua própria, a age. Fundada em 1999 juntamente com Ana Lucia Serra e Tomás Lorente. Ambição, instinto, autoconfiança e esforço são vitais para quem começa a carreira tão exigida como a de publicitário. Tudo isso é encontrado no livro, ótima leitura para estudantes de publicidade.
Carlos Domingos, 33 anos, é formado em Marketing pela ESPM. Passou pelas agências JWThompson, W/Brasil, MPM/Lintas e DM9DDB. Atualmente sua agência age. é uma das agências mais promissoras e desejadas do país. Com clientes como Sony, Nike, MTV, entre outros. Desde 2001, Carlos Domingos é colunista do Valor Econômico.
Resenha por Carolina Kümmerle.
Acadêmico do Curso de Comunicação Social da Universidade Plínio Leite (UNIPLI) em Niterói.
Docente: Maria Rita Braz.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
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Um comentário:
Carol, sua resenha está excelente. Parabéns! Gostou do livro? Eu adoro o jeito que ele escreve...
Beijos
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